RESPOSTA AO TEMPO
A
História inteira
passa
por tuas veias
e,
se finasse,
te
mataria.
Clepsidras
relógios
ampulhetas
são
esforços
de
medida
de
controle...
Porém
tua
essência,
sendo
de todos,
não
é de ninguém.
Indiferente
à consciência,
andas
e
despedaças
e
testemunhas
o
fim dos impérios,
das
guerras...
Teu
corpo cheio de marcas
nos
serve para
contar
de novo
a
paz depois da guerra
e
vice-versa...
Portanto,
por tua causa,
sabemos
erros
retrocessos
avanços
claudicantes,
que
segues reto,
e
nossa História,
bêbada.
Pergunto
se
te medimos
por
lágrimas...
Ou
pelas vezes
sem
conta
em
que tentaste
nos
abater
sem
conseguir...
De
resto
o
que sobra
é
que persegues
e
até dominas.
Mas
existes
por
nosso engenho.
Sem
nós,
a
água
os
ponteiros
a
areia
e
mesmo tu
existiriam?
Serias
uma sustância
inofensiva?
De
fato,
muito
do teu fascínio
se
finaria...
Esta
a nossa vingança:
tu
e o humano
somos
linhas
entrelaçadas.
E
parasitas.
1 Comments:
Lindo poema!
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