Décimo quarto noturno
Vinha um negro vento do leste,
outro escuro do oeste;
o norte mandava uma sombra,
o sul soprava uma noite.
O teu navio,
coitado,
até resistiu
demais,
antes de romper-se em rochedos...
O nome “trança” me veio, ficou na minha cabeça e impediu outro de chegar, talvez por acreditar que cada um de nós é uma trança de gente...
2 Comments:
Adorei os seus textos, eles dão uma sensação de agonia boa, viciante de ler. Ontem, enquanto lia os que você deu para Jú, tive que concordar com João, o quinto está muito belo, sem, é claro, desmerecer os outros. Beijos.
Poemas fortes, tingidos de saudades e de amor. Palavras seminais que arrastam quem lê para dentro de um redemoínho triste, como beijos perdidos no vazio de uma escuridão.
Luis Manoel Siqueira
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