segunda-feira, janeiro 10, 2011

Trigésimo segundo noturno

Sonhei

com uma minúscula

concha espiralada

na palma

de minha mão.


Girando

em seu próprio eixo,

tão ínfima

tão delicada...


Virava

uma galáxia

que me despertou.


Nos milímetros

de uma ou

nos quilômetros

da outra,

opera-se o mesmo enigma

(que guarda

essa tua outra vida).

2 Comments:

At 12:57 AM, Blogger Romero Maia said...

O "código" da poesia é seu porquê. Por isso, resistem belas ainda que muito mais tristes. É uma pena precisar existir, necessariamente, tal beleza.

 
At 10:22 PM, Blogger Unknown said...

O triste, às vezes, é tão bonito. Me acostumei com esse paradoxo por tanto tempo que quase não sei mais escrever sobre coisas alegres. Espero que isso não aconteça com vc, Flávia. Porque assim como vc falou num poema anterior, ele encontrou a "cura", e, ao menos isso, deve servir de consolo.

 

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