Trigésimo segundo noturno
Sonhei
com uma minúscula
concha espiralada
na palma
de minha mão.
Girando
em seu próprio eixo,
tão ínfima
tão delicada...
Virava
uma galáxia
que me despertou.
Nos milímetros
de uma ou
nos quilômetros
da outra,
opera-se o mesmo enigma
(que guarda
essa tua outra vida).
2 Comments:
O "código" da poesia é seu porquê. Por isso, resistem belas ainda que muito mais tristes. É uma pena precisar existir, necessariamente, tal beleza.
O triste, às vezes, é tão bonito. Me acostumei com esse paradoxo por tanto tempo que quase não sei mais escrever sobre coisas alegres. Espero que isso não aconteça com vc, Flávia. Porque assim como vc falou num poema anterior, ele encontrou a "cura", e, ao menos isso, deve servir de consolo.
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