Palestra na Academia Pernambucana de Letras
ENCONTRO COM O UNIVERSO SIMBÓLICO DE ARIANO SUASSUNA
Boa tarde a todos.
Começo minha fala fazendo agradecimentos: a esta Academia Pernambucana de
Letras, em que eu tenho a oportunidade de palestrar pela primeira vez,
oficialmente, confessando como estou honrada, feliz e, evidentemente, temerosa,
já que estou diante de uma plateia muito diferente daquela a que estou
acostumada; à Academia de Estudos Fernando Beltrão, onde trabalho, por ter me
liberado para estar aqui no meu horário de expediente; a Isaac Melo, por estar
agora me substituindo em sala de aula; e ao próprio Ariano, por ter, digamos,
indiretamente (o fato de ser sua sobrinha, provavelmente, influenciou a escolha
de meu nome) aberto as portas desta ilustre Casa, a qual comemora, hoje, os 90
anos do autor.
Escolhi
falar da poesia de Ariano Suassuna, por ser ela a parte mais desconhecida de
sua obra, embora, em diversas ocasiões, ele próprio tenha afirmado que a sua
poesia é o ponto de partida de tudo o que ele escreveu. Vários trabalhos
acadêmicos já foram feitos sobre o romance e, principalmente, sobre o teatro do
autor, os quais são nacional e internacionalmente conhecidos e apreciados por
pessoas de variados níveis culturais. Certa vez, numa entrevista, me perguntaram
por que Ariano é tão indistintamente amado, e eu respondi que de forma tão
competente tinha ele feito a imbricação do erudito com o popular que as pessoas
as quais tiveram o privilégio do acesso aos padrões eruditos de cultura
gostavam de Ariano, o mesmo acontecendo com aquelas que, por infelizes questões
políticas, econômicas e sociais, não tinham tido essa oportunidade. E até hoje
penso isto: todos nos reconhecemos na obra teatral de Ariano, na qual está
presente tanto a cultura erudita da tradição clássica europeia, mas,
fundamentalmente, ibérica e medieval, quanto a popular brasileira, nascida das
adaptações de toda sorte que essa dita cultura da tradição sofreu no ambiente
brasileiro.
De
maneira geral, penso que existe, na obra de Ariano, uma “escala” de
adensamento: como ele, intuitivamente, notou, as ideias nascem na sua poesia,
que é o núcleo duro de seu sentir e do seu pensar. Na verdade, a poesia é, na
minha opinião, a tecnologia de ponta de nossa linguagem, a lança que nos
auxilia a pensar quando ainda é impossível fazê-lo claramente – seus possíveis
lapsos sintáticos, suas suspensões abruptas, suas conotações
plurissignificativas nos ajudam a ver o que, antes, nem articulado estava... E,
então, o resultado fica lá, à espera de uma análise para posterior e mais fina
compreensão. Nesse contexto, digo que Ariano usou sua poesia, conforme ele
mesmo disse, como uma “fonte profunda” de tudo o que ele criou em gêneros
textuais e não textuais, posteriormente: foi com ela que ele iniciou sua
produção literária em 1945, antes, portanto, de sua estreia no teatro.
Acontece
que sua poesia é bem complexa e difícil. Se Ariano fosse só poeta,
provavelmente, não teria tido um reconhecimento tão unânime quanto o que
teve,ainda em vida, o que é ainda mais difícil. Em seguida, seu romance inicia esse processo
de filtragem da dificuldade da poesia, embora ainda seja mais exigente do que
seus textos teatrais. E, por fim, sua dramaturgia entra em cena para tornar as
suas ideias mais palatáveis para um número enorme de pessoas: o contato maior
do ator e mesmo do autor com o público, a estratégia moderna do uso de uma
espécie de narrador nos entreatos, como um mestre de cerimônias do circo, os
aspectos visuais do cenário, do figurino e da maquiagem exagerada dos atores, o
acolhimento da linguagem informal nordestina nos diálogos ágeis e
engraçadíssimos, o suposto primarismo do argumento, nascido do aproveitamento
mais hilário de situações cotidianas interioranas, o recurso da religiosidade católica
popular, mais próxima do povo e já “traduzida” de seu estofo mais simbólico e
transcendente, permitem uma comunicação mais direta de suas ideias e teses.
Ainda
em 1964, no prefácio da peça “Uma mulher vestida de sol”, Ariano se queixava de
que só era entendido pela metade e já supõe que, para entendê-lo por inteiro,
teríamos que ler a sua poesia, apesar de considerar que ela só tenha sido
publicada aqui e ali, em suplementos literários e revistas regionais. Além
dessa dificuldade, havia outras: Ariano era um perfeccionista declarado e fazia
e refazia sua poesia que, anteriormente, tinha sido publicada em jornais, que
são, sem dúvida, naquele momento em especial, um espaço de muitos erros
tipográficos. Mas, mesmo os poemas que tinham sido exatamente transcritos dos
originais, eram retrabalhados pelo incansável aprimorador que Ariano era, o que
pode explicar o adiamento de uma edição final de seus poemas – acho que ele
podia, numa poesia não terminada, por não publicada, digamos assim,
experimentar novas palavras e novas formas de expressão do que ele podia ou
queria dizer, o que não aconteceria se ele tivesse publicado o texto, que
restaria condenado ao estatuto das coisas paradas. Isso ratifica, no meu
entender, minha opinião de que sua poesia era a argamassa com que ele colou os tijolos
de sua obra romanesca e teatral, tanto que ele a publicou por último, quando
todos já o amavam incondicionalmente e haviam avançado na compreensão de sua
mensagem. Quer dizer: Ariano, consciente ou inconscientemente (não gosto da
ideia de que ele não percebia algum viés de sua obra, pois ele era muito
perspicaz e dedicado a ela, além de muito focado e inteligentíssimo), continuou
trabalhando sua língua particular, aperfeiçoando sua expressão própria e sua
simbologia, por meio da modelagem contínua de sua poesia, de onde nascia tudo –
ensaio, romance, novela, teatro, desenho, pintura, tapeçaria e iluminogravura,
gênero que inventou e que integra poesia e pintura.
Dois autores
escreveram trabalhos sobre a poesia de Suassuna. Em 1988, César Leal escreveu
um ensaio no qual não só elogia o virtuosismo técnico do autor, mas ainda
defende a existência do pessimismo nas suas posições, contrapondo-se à ideia do
próprio Ariano, que, na época, se considerava um “otimista trágico”. E, em
1999, Carlos Newton Júnior, na sua dissertação de mestrado, fala de uma visão
trágica, dada a partir de três elementos: a morte do pai, o sentimento de
exílio e a utopia da redenção.
Diferentemente
do teatro e da prosa, que se desenvolvem com um acento cômico importante, a
poesia de Ariano é triste. Mas não acho que ela seja pessimista, embora
concorde como apontamento de seu acabamento técnico que, como disse Leal,
demonstra ser a poesia um dos objetos de estudos mais incansáveis do autor, ao
mesmo tempo em que o insere na tradição poética ocidental. Gostaria de
acrescentar, porém, que a poesia popular, em que a poética de Ariano também
está alicerçada, tem aspectos formais bem estruturados e conhecidos, e que ele,
ao lado do estudo sistemático das estruturas clássicas e medievais da tradição
europeia, também se debruçou sobre as formas da tradição popular regional,
tornando-se nelas um especialista e usando-as com maestria e criatividade.
Na minha opinião, uma
pessoa pessimista não carrega na sua mente e nas suas ações o conflito, o
desespero e a esperança, como era o caso de Suassuna. Esta última, por exemplo,
é o tema de sua mais bem acabada obra teatral, “A pena e a lei”, que é menos
famosa, porém mais profunda, e linda, e coerente, na sua arquitetura cênica e
semântica.
Machado de Assis, por
exemplo, o mais bem acabado e conhecido pessimista de nossa literatura, foi
capaz de escrever: “Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior,
e que será corrigida também, até a edição definitiva que o editor dá de graça
aos vermes”. Ou seja: Machado, em paz consigo e com o mundo que o cerca,
desbanca a vida material e a espiritual, sem dar ao leitor qualquer alento de
sentido. Não é o caso de Ariano, cuja aflição existencial apontou a arte e a
vida espiritual e teológica como sentidos simbólicos.
Observe-se o soneto “Abertura sob Pele de Ovelha”, de sua
autoria:
Falso profeta,
insone, Extraviado,
vivo, Cego, a sondar
o Indecifrável:
e, jaguar da Sibila –
inevitável,
meu Sangue traça a
rota deste Fado.
Eu, forçado a
ascender, eu, Mutilado,
busco a Estrela que
chama, inapelável.
E a Pulsação do Ser,
Fera indomável,
arde ao sol do meu
pasto – incendiado.
Por sobre a Dor, a
Sarça do Espinheiro
que acende o estranho
Sol, sangue do ser,
transforma o sangue
em Candelabro e Veiro.
Por isso, não vou
nunca envelhecer:
com meu Cantar,
supero o Desespero,
sou contra a Morte e
nunca hei de morrer.
O escritor grego
Nikos Kazantzakis tem uma frase que me ajuda a falar do homem bom e de fé
aflita que Ariano foi: “Não sei como é a alma de um criminoso, mas a alma do
homem honesto, do homem bom é um inferno”. Ou seja: Suassuna não é derrotado
pelo pessimismo, antes seu desespero e seu resultado – a arte – vencem o
pessimismo, já que propõem um Reino de redenção, nas suas palavras. Confira-se
na longa ode filosófica abaixo transcrita:
CARTAS DA INDULGÊNCIA (I) – A Laurenio
“A nós mesmos somos impenetráveis. E o
melhor seria
que nos calássemos, esperando que se
viesse realizar,
por sobre nossos erros e nossas
ilusões, o insubstituível verso:
a nossa transformação em nós mesmos,
a nossa definição pela eternidade.”
(Luiz Delgado)
Laurenio, eu pouco
sei dos outros homens
e de mim mesmo pouco
ou nada sei.
Mas, se nossas
palavras,
que passam
sussurrando ao som do vento,
contêm algum sentido
e algo revelam
da verdade escondida
na combustão ardente
e solitária
daqueles que as
proferem sob o sol,
entendo que vivemos
de verão a verão sem
muito ver.
Somos seres
terríveis, majestosos,
mas ainda
incompletos,
soltos no seio áspero
da terra
em que abrimos primeiro
os parcos olhos.
A pedra e a erva
ferem-nos
os vacilantes pés e o
faro incerto
e o rebanho dos
graves animais
parece a nosso grupo
um rebanho tranquilo
e condenado
nosso igual por
sentença e desventura.
E o tempo vai
crescendo:
com ele cresce a carne,
unida aos ossos,
cantam sangue e
desejo de saber.
Então por entre as
árvores,
que, ao sol de teu
verão, deixam seus frutos,
procuramos, sem falha
de esperança,
aquilo que é sem
nome:
um fogo madurado,
um zelo ardente,
capaz ao mesmo tempo
de conter
o som das águas
mansas,
a pureza dos frutos e
dos ares,
o amor – mas em
sossego e duração –
e mesmo a voz dos
anjos.
Enfim, aquilo que
pudesse ser
um apoio, um padrão,
um toque, um marco
para aferir no tempo
o dom desconhecido e
temeroso.
E dura a busca: os
dias se sucedem,
passa o verão e a
chuva,
os frutos apodrecem
sobre a terra
e dias e estações e
frutos novos.
Um dia, enfim, parece
que é chegado o
momento do desvelo,
que vai se desvendar
todo o segredo:
tudo há de se
aclarar,
é tempo de saber e de
saciar-se.
Mas esse instante
grave e definido
tem tanta força e
ardência
que no mesmo momento
em que se gera
– forte e temível,
medo e descoberta –
o dom amadurece
e o tecido da morte
que formava
como que a própria
trama da existência,
nesse clarão exato
cumpre o fruto em que
tudo se consuma.
Talvez– quem sabe? –
só então se possa
ouvir a própria voz
sem ser a medo e
clara à mesma carne:
“Eis a terra. A
verdade de seu seio.
Assim, neste verão em
que se cumpre
teu tempo –
nascimento e voz da morte –
recebe este meu canto
e, juntos, aceitemos
o que é nosso:
cegueira, sede, o
cheiro dos roçados,
nosso quinhão de
amor,
as pedras esculpidas,
mas expostas
ao tempo, como deuses
de ninguém,
os detritos dos
vivos,
o convívio das bestas
e dos homens,
seus muros
arruinados, seus transportes,
a herança dos
antigos,
um toque de corneta,
a brisa fresca,
a água do rio, peixes
e metais.
E se esse testamento
parece, antes, legado
do infortúnio,
saibamos nos conter,
que a própria vida
é, de si, sem apelo,
turva na sua luz pura
e selvagem,
áspera e bela como a
voz dos homens
ou o hálito das feras
e é mesmo nessa falha
que consiste
seu cerne de promessa
e conclusão. (1955)
Por outro lado,
concordo com Carlos Newton Júnior, quando ele enuncia que, além de triste, como
eu disse, a poesia de Ariano tem acentos trágicos. O trágico é sempre elevado e
abarca graves questões filosóficas e religiosas, conforme o faz, em sua obra,
Suassuna, confesso dilacerado por indagações ontológicas para as quais não há
respostas. No entanto, há sempre saídas platônicas, pela beleza, pela
esperança, pelo amor, pelo perdão na sua obra, que, ao contrário da dos
pessimistas, apazigua e consola. É por isso que Ariano, a partir de certo
momento, começou a se definir, corretamente, como “um realista esperançoso”. Em
outras palavras: embora veja com nitidez a realidade presente, ele enxerga
compensações na lembrança e na esperança.
Aí, chega-se ao
conjunto dos elementos que, na opinião de Carlos Newton Júnior, formam esse tom
trágico na sua poética: a morte do pai, a sensação de desterro e a esperança de
redenção.
O primeiro elemento é
biográfico: Ariano perdeu o pai assassinado, de forma particularmente injusta,
quando contava apenas três anos de idade. Como tinha uma memória prodigiosa, foi
capaz de guardar flashes (para
cumprir suas lições, seria melhor dizer “retrolâmpagos”) desse curto período em
que conviveu com ele. Confira-se no seguinte soneto:
O REINO – A Morte
Com tema de Janice Japiassu
Com tema de Janice Japiassu
Aqui morava um Rei,
quando eu menino:
vestia ouro e
Castanho no gibão.
Pedra da sorte sobre
o meu Destino,
pulsava, junto ao
meu, seu Coração.
Para mim, seu Cantar
era divino,
quando, ao som da
Viola e do bordão,
cantava com voz rouca
o Desatino,
o Sangue, o riso e as
mortes do Sertão.
Mas mataram meu Pai.
Desde esse dia,
eu me vi, como um
Cego, sem meu Guia,
que se foi para o
Sol, transfigurado.
Sua Efígie me queima.
Eu sou a Presa,
ele, a Brasa que
impele ao Fogo, acesa,
espada de ouro em
Pasto ensanguentado.
O segundo faz parte
de suas reações idiossincráticas ao primeiro episódio, já que nem todos os seus
irmãos reagiram com esse mesmo sentimento ou pensamento. Observe-o expresso:
SONETO DE BABILÔNIA E SERTÃO
Com tema de Tupan-Sete
Com tema de Tupan-Sete
Aqui, o Corvo-azul da
Suspeição
apodrece nas frutas
violetas,
e a febre-escusa, a
Rosa-da-infecção,
canta aos tigres de
verde e malhas pretas.
Lá, no pelo de cobre
do Alazão,
o Bilro-de-ouro fia a
Lã-vermelha.
Um pio-de-metal é o
Gavião,
e são mansas as
Cabras e as Ovelhas.
Aqui, o lodo mancha o
Gato-Pardo:
a Lua esverdeada sai
do Mangue,
e apodrece, no Medo,
o Desbarato.
Lá, é fogo e limalha
a Estrela-esparsa:
o Sol-da-Morte luz no
sol do Sangue,
mas cresce a Solidão
e sonha a Garça.
Nesse soneto,
Suassuna refere, direta ou sugestivamente, a “Canção do exílio”, de Gonçalves
Dias, com o uso dos advérbios “aqui” e “ali”; as narrativas bíblicas, por meio
dos substantivos “Babilônia” e “Sião”; e clássicas, através da releitura do
famoso poema de Camões. Tudo misturado dá ao texto uma amplitude de significados
formidável, ainda mais quando se sabe a data em que foi escrito – 1964 – e
publicado e republicado, com pequenas modificações – 1969 e 1974 –, quando o
país vivia o começo e o acirramento da Ditadura Militar.
E o terceiro traduz
as estratégias resilientes que armou para levar a sua vida, apesar do
acontecimento trágico e de suas consequências posteriores – perseguições,
dificuldades econômicas, experimentação de sentimentos negativos de ódio,
desejo de vingança e vitimação.
Nesse contexto,
embora muito se fale da presença do pai na obra de Ariano – a qual é uma marca,
realmente, inegável –,na minha opinião, invisível, existe também a marca da mãe
e sua força nesse último vetor vital que traduz aquilo que Sartre afirma ser o
mais importante: aquilo que fazemos com o que é feito de nós. Aliás, o
feminino, na obra de Ariano, também se mostra nas referências a sua esposa
Zélia, que lhe trouxe, conforme ele confessou várias vezes, um contraponto de
resistência ao negativismo com o qual começou a sua trajetória de vida.
Inclusive, foi a partir dela que ele iniciou seu processo de conversão ao
catolicismo, que é das mais importantes marcas de seu sentir e do seu pensar:
O SOL DE DEUS
Com Tema de Renato Carneiro Campos
Com Tema de Renato Carneiro Campos
Mas eu enfrentarei o
Sol divino,
o Olhar sagrado em
que a Pantera arde.
Saberei porque o laço
do Destino
não houve que
cortasse ou desatasse.
Não serei orgulhoso
nem covarde,
que o sangue se
rebela ao som do Sino.
Verei o Jaguapardo e
a luz da Tarde,
Pedra do sonho, cetro
do Divino.
Ela virá – Mulher –
aflando as asas,
com o mosto da Romã,
o sono, a Casa,
e há de sagrar-me a
vista o Gavião.
Mas sei também que,
só assim, verei
a coroa da chama, e
Deus, meu Rei,
assentado em seu
trono do Sertão.
Esse lugar de
Redenção – meio sertão, meio passado, meio futuro, meio platônico, meio sonho –
é de onde, realmente, Ariano é desterrado. Foi pensando nele, que pôde
caminhar, cumprir sua vida e elaborar suas dificuldades. Foi pensando nele que
escreveu, ensinou e deu aulas espetaculares, que circulam nos nossos meios mais
modernos de comunicação. Foi pensando nele que nos convidou a pensar um país
melhor. Foi pensando nele que nos pediu mais atenção à essência. Foi pensando
nele que condenou a futilidade... Mais do que nunca, precisamos aprender suas
lições, que nos pedem projetos de inserção dos mais pobres e políticos guiados
pelo Sonho, iluminados pela Justiça e movidos pelo Diálogo, com maiúsculas,
evidentemente, apontando um processo de aproximação com o Absoluto.
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