IDENTIDADE
Não sou feliz, só alegre:
é que não perco
a morte
de vista.
Se me perguntam
quanto anos tenho
digo “não sei”:
olho para frente
não posso saber
(veio tão forjando-se
o que sou
que valho
mais que ontem).
A morte
me ensina
a guardar
o voo,
não o pássaro.
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