Cecília Meireles
A morte marcou cedo a poeta Cecília Meireles: seu pai, sua mãe, seus irmãos, sua avó e seu primeiro marido lhe foram tirados prematuramente.
Da sublimação dessa experiência, nasce sua poesia delicada e profunda, ao mesmo tempo, que nos oferece uma reflexão sobre a natureza do homem e sua condição material.
O tema de sua obra é a fugacidade do tempo que atinge sem remédio os homens e as coisas. Trabalhou elementos como o vento, a água, o oceano, o ar... numa dimensão simbólica que confirma sua certeza de que tudo é transitório e passageiro.
Essa temática e essa tendência simbolista somadas à defesa de certos procedimentos tradicionais na poesia (como a manutenção da métrica, da rima e da estrofação) direcionam Cecília a um lugar que pode parecer, à primeira vista, pouco modernista. Mas a quebra da erudição lingüística e o aproveitamento das experiências cotidianas no universo erudito da literatura (e, portanto, a expansão do conceito de “poético”) confirmam sua postura modernista.
Cecília Meireles nunca foi tão necessária: neste tempo em que a matéria é a medida de todas as coisas e em que, como autômatos, seguimos sem lembrar que temos alma; em que, cegos, desafiamos a morte ao limite de duvidarmos de sua existência, sua poesia nos apresenta nossa inescapável condição humana – nosso corpo é um “endereço breve” e nosso espírito, nossa única possibilidade de transcendência e de identidade.
Da sublimação dessa experiência, nasce sua poesia delicada e profunda, ao mesmo tempo, que nos oferece uma reflexão sobre a natureza do homem e sua condição material.
O tema de sua obra é a fugacidade do tempo que atinge sem remédio os homens e as coisas. Trabalhou elementos como o vento, a água, o oceano, o ar... numa dimensão simbólica que confirma sua certeza de que tudo é transitório e passageiro.
Essa temática e essa tendência simbolista somadas à defesa de certos procedimentos tradicionais na poesia (como a manutenção da métrica, da rima e da estrofação) direcionam Cecília a um lugar que pode parecer, à primeira vista, pouco modernista. Mas a quebra da erudição lingüística e o aproveitamento das experiências cotidianas no universo erudito da literatura (e, portanto, a expansão do conceito de “poético”) confirmam sua postura modernista.
Cecília Meireles nunca foi tão necessária: neste tempo em que a matéria é a medida de todas as coisas e em que, como autômatos, seguimos sem lembrar que temos alma; em que, cegos, desafiamos a morte ao limite de duvidarmos de sua existência, sua poesia nos apresenta nossa inescapável condição humana – nosso corpo é um “endereço breve” e nosso espírito, nossa única possibilidade de transcendência e de identidade.
2 Comments:
A profunda e indispensável Cecília!
Li um texto dela recentemente que fala sobre o período de "Compras de Natal". Muito bom texto, muito boa reflexão!
Vale a pena conferir:
http://www.releituras.com/cmeireles_compras.asp
Flávia, como não tenho e seu e-mail resolvi mandar um recadinho pelo seu blog mesmo...EU PASSEEEEIII NO VESTIBULAR....!!!fiquei em 8º lugar de publicidade!! e não poderia deixar de agradecer por tudo que aprendi com você,coisas que nem de longe chegam ao nível do vestibular,que eu vou guardar pra vida toda...obrigada mesmo! um grande beijo...Isabela Soares Vieira ( belinha_s_v@hotmail.com )
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