ESTAÇÕES
Não se sabem logo
as palavras certas
que fazem o corpo:
muita violência
se fia no curso
dessa confecção.
Às vezes,
a soletração
do amor
é uma rima pobre
amarrada
numa cama cheia de
areia.
A solução
é desenhada
no roteiro
de muita solidão:
de tanto
convocarem-se
palavras mudas,
elas acabam
por falar
o inapagável.
Ganha-se
a riqueza
derivada da
pronúncia
da trincheira.
E o corpo
enfim
acerta
a amar
depois de perder.
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