A LUTADORA (para minha irmã Débora)
“Lutar com palavras
É a luta mais vã.
Entanto lutamos
Mal rompe a manhã.”
(Carlos Drummond de Andrade)
Acordo muda
e já começo.
A poesia
não se entrega,
só arde.
O dia corre
com suas tocaias,
minha luta se
cansa
de inútil e sem
eco.
A noite se fecha
nas suas
trincheiras.
Reluto
mal nasce
outro dia...
Se me perguntam
por que resisto:
além de ruminar
a vida,
a poesia se veste
dos horizontes
pensados
e faz de nós
o que somos.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home