Segundo setênio
Naquele tempo, era esse o momento de entrar na escola, e eu comecei a me sentir desconfortável. Havia algo em mim que não se encaixava bem naquele ambiente, de início. Eu tinha a impressão de que todos já sabiam alguma coisa que eu não sabia: por exemplo, eu não tinha entendido que havia dois banheiros e eu não podia entrar em um.
Também fiz a primeira comunhão, sem entender nada; perto da cerimônia, eu não sabia rezar, ralharam comigo; meu vestido era diferente, era uma “cabidela” de minhas primas. Nunca entendi direito por que herdar uma roupa se chama “cabidela” na minha família – fico pensando que se põe um molho de cabidela na galinha guisada do dia anterior para disfarçar. Sou de um tempo em que certa parcimônia era de valor. Minha mãe foi só, com um vestido amarelo, bordado na frente, eu pedi para ela colocar exatamente este, que eu achava bonito. Meu pai chegou no fim, da granja, com meu irmão.
Lembro do nome de minhas professoras: Vitória, Inês, Eliane. Minha prima Verônica me acudiu nesse ambiente hostil e difícil. Ela tem feito isso ao longo de minha vida, desde então.
Eu penso que as pessoas achavam que eu era aérea e ensimesmada: mamãe dava o dinheiro da pipoca de todos os irmãos a Lívia. Não pude assumir a posição de mais velha, essa minha irmã Lívia fez isso, coitada, sem poder também, por não ser a mais velha. Aliás, coitada dela: eu a alfabetizei quando me alfabetizei. Não sei como ela escapou da metodologia apavorante que eu usei, potencializando nela o horror que eu mesma sofria. Ela hoje é professora de didática, a vida tem desses milagres.
A minha professora da quarta série disse que ia escolher um caderno de desenho para ficar para ela e eu quis que fosse o meu; pedi ajuda de minha mãe e de minha vizinha para fazer os mapas e escrever; minha mãe disse a mim que assim não valia, mas, com a ajuda delas, meu caderno foi o escolhido.
Eu sentia o tempo todo uma atmosfera de desaprovação, apesar de meus esforços: minha amizade com a vizinha Cristiana era criticada, minhas primas eram referidas como melhores que eu, comecei a achar que não estudava o suficiente, não sei contar o que acontecia comigo para ser desaprovada; a matemática começou a me moer, eu não conseguia aprender nem a tabuada, nem a conta de dividir com dois algarismos; comecei a engordar. As críticas pareciam aumentar. Eu não sabia o que fazer, elas não vinham com orientações.
Estudei até a quarta série numa escola pública, perto de minha casa. Dureza, mesmo, escola naquele tempo. Fiz um punhado de amigos que me trouxeram certo calor naquela estepe gelada: Clébia, Edir, Regina Coeli e mais outros de que lembro o rosto e não o nome.
Eu tinha outro calvário fora o escolar: todo domingo tinha que ir à igreja em jejum. Era uma missa especial bem pertinho da minha casa, no Juizado de Menores, ou seja, eu assistia àquilo tudo ao lado das crianças infratoras do Recife. Imagino, hoje, a energia do lugar e entendo os desmaios sistemáticos que sofria. O sacristão, coitado, me dava uma xícara de café. Certa vez minha mãe me disse que eu estava proibida de me aperrear assim com tanta ênfase e, graças à sua mediana religiosidade, escapei daquele lugar e nunca mais fui enfaticamente religiosa ou qualquer outra coisa.
Com onze anos, mudamo-nos para uma casa enorme, em Casa Forte. Antes, houve uma reforma que consumiu uma fortuna, isso foi um sofrimento para mim. Na primeira noite em que dormi na casa nova, fiz xixi na cama.
Perdi meus amigos da escola. A sensação de deslocamento me acompanhou. Fui para uma escola só de mulheres. Nos dois últimos anos do ginásio, apresentei sérios problemas de comportamento na escola. Acho que quis chamar atenção, mas não deu certo, só recebi mais desaprovação, dessa vez das professoras e das freiras, da coordenação e da direção.
Eu tinha uma aula horrível de canto orfeônico; um dia, nessa aula, descobri que tinha trazido sem querer a bolsa de minha irmã Lívia; só pensei na agonia dela quando lá na sua escola descobrisse o mesmo e fiquei tão aflita que interrompi a aula, levantando a mão várias vezes, tentando pedir licença, acabei levantando e saindo para destrocar a bolsa. No fim do dia, fui repreendida – a freira disse que eu não era digna de pertencer à minha família, chorei um rio de lágrimas em casa sem entender que família era essa em que eu não podia caber. Neste dia fatídico, aprendíamos a cantar a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, só podia...
Meu tio e minha tia foram presos, meus três primos viveram um ano inteiro conosco; na minha casa, ficou ainda mais difícil ter atenção, eu me sentia largada.
Comecei a ver que, se me destacasse nos estudos, poderia construir alguma aprovação e aí devo ter ficado difícil de entender: ótima aluna, com péssimo comportamento.
Meu pai e minha mãe se desentenderam; alguma coisa aconteceu, meu pai foi para a casa de minha avó, minha mãe ia lá de tarde, e minha outra avó veio do sertão passar uns dias conosco. Ela dizia que era eu a que dava mais trabalho. Não consigo visualizar o que eu fazia de tão horrível.
A reconciliação do meu pai e da minha mãe me custou uma gripe horrível, uma época de trevas e uma viagem incômoda para Salvador, todos juntos.
Mamãe chorava, às vezes, a tarde inteira; minha casa era um deserto frio e solitário.
Gostei de um menino que nem me olhava, a gordura me acompanhava renitente.
Fiz amigas novas que, às vezes, ainda encontro vida afora: Marília, Cristina Lapa, Orlinda, Márcia Monte, Rejane. Sou, eventualmente, professora, hoje, de seus filhos e gosto dessa teia inquebrantável de vida que, de raspão, me alimenta.
Eu tinha um fascínio pelo universo masculino e até fazia concessões a ele: ao lado do meu irmão, derrubava as casinhas, as panelinhas e as bonecas de minhas irmãs, fazendo-nos de “moscas” gigantes e destruidoras. Mas nunca era de todo bem-vinda a ele. Um dia pude jogar futebol com meu irmão e meus primos, pois faltava um jogador e fiz um gol... contra... E nunca mais pude jogar... De qualquer forma, descobri que fazer gol é bom. Essa história, hoje, serve a meu filho para entender por que não joga futebol que preste – é que ele puxou a mim.
Uma coisa que notei neste setênio: um amigo me pediu para contar o episódio de um seriado da tevê e eu não pude – tinha pensado e criado tanto em cima dele que já não podia separar o episódio em si do que tinha somado a ele com minha própria imaginação. Fiquei intrigada...
Descobri os livros neste tempo. Eles serviram inicialmente para me livrar um pouco de minhas dificuldades no mundo e me fizeram uma aluna de resultados sem eu ter que me esforçar muito. Mais tarde fizeram por mim outras coisas...
Este setênio foi ruim; nele eu me senti mal (desaprovada, feia, desconfortável, incapaz). Fiz muito barulho, corri, pulei. O que aprendi foi que, numa dificuldade, é melhor ficar quieta e calada.
Também fiz a primeira comunhão, sem entender nada; perto da cerimônia, eu não sabia rezar, ralharam comigo; meu vestido era diferente, era uma “cabidela” de minhas primas. Nunca entendi direito por que herdar uma roupa se chama “cabidela” na minha família – fico pensando que se põe um molho de cabidela na galinha guisada do dia anterior para disfarçar. Sou de um tempo em que certa parcimônia era de valor. Minha mãe foi só, com um vestido amarelo, bordado na frente, eu pedi para ela colocar exatamente este, que eu achava bonito. Meu pai chegou no fim, da granja, com meu irmão.
Lembro do nome de minhas professoras: Vitória, Inês, Eliane. Minha prima Verônica me acudiu nesse ambiente hostil e difícil. Ela tem feito isso ao longo de minha vida, desde então.
Eu penso que as pessoas achavam que eu era aérea e ensimesmada: mamãe dava o dinheiro da pipoca de todos os irmãos a Lívia. Não pude assumir a posição de mais velha, essa minha irmã Lívia fez isso, coitada, sem poder também, por não ser a mais velha. Aliás, coitada dela: eu a alfabetizei quando me alfabetizei. Não sei como ela escapou da metodologia apavorante que eu usei, potencializando nela o horror que eu mesma sofria. Ela hoje é professora de didática, a vida tem desses milagres.
A minha professora da quarta série disse que ia escolher um caderno de desenho para ficar para ela e eu quis que fosse o meu; pedi ajuda de minha mãe e de minha vizinha para fazer os mapas e escrever; minha mãe disse a mim que assim não valia, mas, com a ajuda delas, meu caderno foi o escolhido.
Eu sentia o tempo todo uma atmosfera de desaprovação, apesar de meus esforços: minha amizade com a vizinha Cristiana era criticada, minhas primas eram referidas como melhores que eu, comecei a achar que não estudava o suficiente, não sei contar o que acontecia comigo para ser desaprovada; a matemática começou a me moer, eu não conseguia aprender nem a tabuada, nem a conta de dividir com dois algarismos; comecei a engordar. As críticas pareciam aumentar. Eu não sabia o que fazer, elas não vinham com orientações.
Estudei até a quarta série numa escola pública, perto de minha casa. Dureza, mesmo, escola naquele tempo. Fiz um punhado de amigos que me trouxeram certo calor naquela estepe gelada: Clébia, Edir, Regina Coeli e mais outros de que lembro o rosto e não o nome.
Eu tinha outro calvário fora o escolar: todo domingo tinha que ir à igreja em jejum. Era uma missa especial bem pertinho da minha casa, no Juizado de Menores, ou seja, eu assistia àquilo tudo ao lado das crianças infratoras do Recife. Imagino, hoje, a energia do lugar e entendo os desmaios sistemáticos que sofria. O sacristão, coitado, me dava uma xícara de café. Certa vez minha mãe me disse que eu estava proibida de me aperrear assim com tanta ênfase e, graças à sua mediana religiosidade, escapei daquele lugar e nunca mais fui enfaticamente religiosa ou qualquer outra coisa.
Com onze anos, mudamo-nos para uma casa enorme, em Casa Forte. Antes, houve uma reforma que consumiu uma fortuna, isso foi um sofrimento para mim. Na primeira noite em que dormi na casa nova, fiz xixi na cama.
Perdi meus amigos da escola. A sensação de deslocamento me acompanhou. Fui para uma escola só de mulheres. Nos dois últimos anos do ginásio, apresentei sérios problemas de comportamento na escola. Acho que quis chamar atenção, mas não deu certo, só recebi mais desaprovação, dessa vez das professoras e das freiras, da coordenação e da direção.
Eu tinha uma aula horrível de canto orfeônico; um dia, nessa aula, descobri que tinha trazido sem querer a bolsa de minha irmã Lívia; só pensei na agonia dela quando lá na sua escola descobrisse o mesmo e fiquei tão aflita que interrompi a aula, levantando a mão várias vezes, tentando pedir licença, acabei levantando e saindo para destrocar a bolsa. No fim do dia, fui repreendida – a freira disse que eu não era digna de pertencer à minha família, chorei um rio de lágrimas em casa sem entender que família era essa em que eu não podia caber. Neste dia fatídico, aprendíamos a cantar a “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, só podia...
Meu tio e minha tia foram presos, meus três primos viveram um ano inteiro conosco; na minha casa, ficou ainda mais difícil ter atenção, eu me sentia largada.
Comecei a ver que, se me destacasse nos estudos, poderia construir alguma aprovação e aí devo ter ficado difícil de entender: ótima aluna, com péssimo comportamento.
Meu pai e minha mãe se desentenderam; alguma coisa aconteceu, meu pai foi para a casa de minha avó, minha mãe ia lá de tarde, e minha outra avó veio do sertão passar uns dias conosco. Ela dizia que era eu a que dava mais trabalho. Não consigo visualizar o que eu fazia de tão horrível.
A reconciliação do meu pai e da minha mãe me custou uma gripe horrível, uma época de trevas e uma viagem incômoda para Salvador, todos juntos.
Mamãe chorava, às vezes, a tarde inteira; minha casa era um deserto frio e solitário.
Gostei de um menino que nem me olhava, a gordura me acompanhava renitente.
Fiz amigas novas que, às vezes, ainda encontro vida afora: Marília, Cristina Lapa, Orlinda, Márcia Monte, Rejane. Sou, eventualmente, professora, hoje, de seus filhos e gosto dessa teia inquebrantável de vida que, de raspão, me alimenta.
Eu tinha um fascínio pelo universo masculino e até fazia concessões a ele: ao lado do meu irmão, derrubava as casinhas, as panelinhas e as bonecas de minhas irmãs, fazendo-nos de “moscas” gigantes e destruidoras. Mas nunca era de todo bem-vinda a ele. Um dia pude jogar futebol com meu irmão e meus primos, pois faltava um jogador e fiz um gol... contra... E nunca mais pude jogar... De qualquer forma, descobri que fazer gol é bom. Essa história, hoje, serve a meu filho para entender por que não joga futebol que preste – é que ele puxou a mim.
Uma coisa que notei neste setênio: um amigo me pediu para contar o episódio de um seriado da tevê e eu não pude – tinha pensado e criado tanto em cima dele que já não podia separar o episódio em si do que tinha somado a ele com minha própria imaginação. Fiquei intrigada...
Descobri os livros neste tempo. Eles serviram inicialmente para me livrar um pouco de minhas dificuldades no mundo e me fizeram uma aluna de resultados sem eu ter que me esforçar muito. Mais tarde fizeram por mim outras coisas...
Este setênio foi ruim; nele eu me senti mal (desaprovada, feia, desconfortável, incapaz). Fiz muito barulho, corri, pulei. O que aprendi foi que, numa dificuldade, é melhor ficar quieta e calada.
10 Comments:
Avida se repete: Seja na Nova Zelandia de Katherine Mansfield, seja em Taperoá ou em Casa Forte, na casa e na vida de Flávia Suassuna
"Este setênio foi ruim"
Acho que quase todo mundo sente que esse é o pior "setênio" da vida... As dificuldades são enormes, não podemos negar isso, mas as descobertas são maiores ainda. Num tempo de dificuldades parece que os olhos ficam maiores, e começamos a ver coisas que nunca vimos antes.
É nessa época que começamos o nosso auto-conhecimento. Começam as perguntas reflexivas: “quem sou, porque sou, como sou?”, não como antes quando queríamos saber somente do “externo”. Conhecer-se a si mesmo é a coisa mais difícil que existe, e é ai que tudo começa. Também começamos a ver que somos julgados pelos nossos atos e que esses são a única representação do nosso ser, então, julgamos nossos próprios atos sem que ainda saibamos quem somos. É uma confusão. Não sabemos quem somos, não sabemos o que o mundo quer de nós e não sabemos como consertar isso tudo. Resultado: conflito. Surgem conflitos em todas as partes possíveis e imagináveis: na escola, em casa, com o espelho, com a gordura, com o cabelo, com freiras, com primos, com bonecas e carrinhos. Começamos a ver e a questionar isso tudo por causa das novas descobertas que são como novas ferramentas do pensar, novos objetos nunca vistos antes.
Isso tudo tem seu lado bom e construtor, afinal, o que seria do branco sem todas as outras cores?! A confusão é sempre necessária (a história explica). Veja só o que você disse: “Descobri os livros neste tempo”, existe coisa mais maravilhosa do que essa? Os livros são realmente incríveis, eles são uma das ferramentas, das quais falei, mais efetivas, no entanto pouco utilizadas. É nesse tempo que surgem as tuas características mais marcantes, e devo dizer, fantásticas!
Ah, discordo quando você fala que “numa dificuldade, é melhor ficar quieta e calada”. Isso seria desequilíbrio! Hehehehe... Além disso, internamente é impossível ficar quieta e calada, principalmente durante dificuldades. Numa dificuldade o melhor é julgar, criticar, pensar, ler e conhecer!
Nossa, tenho que reduzir o tamanho desses comentários.
Feliz Páscoa!
Sofia. (Ah, visite o meu blog quando puder!)
Flavia, lembrei-me de Paulinho da Viola quando canta: "Faça como o velho marinheiro que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar". A questão é que a gente precisa navegar, não é? Como gosto de seus textos! Beijo e uma Páscoa abençoada. Fernanda Bérgamo
Este comentário foi removido pelo autor.
Caso você veja isso ainda hoje,
Só para terminar o pensamento:
Em uma entrevista, se eu não me engano de 77, Lispector disse que nunca assumiu ser escritora por que os escritores têm uma obrigação de escrever ou consigo mesmo ou com os outros, além disso ela também diz que não é escritora por que ela só escreve quando quer.
Eu acho que penso como ela, por isso nunca gostaria de ser escritora (se Clarice disse que não era escritora, o que eu menos quero ser é isso!) Acho que deve ser horrível você ser escritor. Escrever é uma coisa que, como você mesmo disse, só se faz quando se está triste, quando se sente dor ou angustia. Não é sempre que se consegue escrever e um escritor cria dentro de sua cabeça que ele é obrigado a saber escrever em todos os momentos por que essa é a sua profissão. Já imaginou que loucura?
Não se pode ser ou não ser escritor. Se é, sem que ninguém, nem mesmo o próprio, saiba e se molde por isso.
Até amanhã!
Aaahh, se conseguir, vai no meu blog! Tem um texto novo que queria te perguntar uma coisa sobre ele depois...
Belíssimo texto.
Que vida dramática.. eu mesmo sendo gorda, sardenta e branca ainda tenho sua presença dizendo que isso tudo é lindo... veja que ironia?!
Se não fosse esse setênio e todos os outros, Flávia não seria Flávia e acho que isso seria chato =P
Eu sei que eu abuso, sempre peço pra vc ver meus poemas e ocupo seu tempo com eles - hehehehe - mas por favor, é muito importante que vc dê uma olhada no meu blog e leia minha nova postagem.
É sobre um trabalho que estou finalizando.
Obrigado por tudo Flávia, vc me ajuda muito.
sinto certa identificação^^..a não ser pelo fato de que fui mais atrasada...fiz 1ª eucaristia só pq gostava de um garoto do grupo..tb não aprendi muita coisa nos encontros,porém ninguém ralhou comigo por conta disso.
Quando iniciei o ginásio tb tinha um péssimo comportamento,mas como estudei até o 1º ano em escola pública,essa era uma coisa normal..e em casa as coisas eram analisadas de forma mais superficial..por notas,passou de ano ou não?...novamente ninguém ralhou comigo...então meu amadurecimento foi ficando cada vez mais tardio..até q no meu 2º ano,qd saí da escola pública, tive uma outra visão de tudo,analisei de uma outra dimensão,comecei a ser mais cobrada e a ganhar responsabilidades...o ano de vestibular sim foi um ano de cobrança..foi o ano passado.. para os meu amigos eu estudava demais,tinha q relaxar mais..mas a maioria de meus amigos eram do tipo "3º ano é para curtir e não para estudar"..já para minha família eu tinha q estudar mais,mas a referencia de minha familia era minha irmã,q é um exemplo em termo de estudo,super dedicada...e na minha cabeça eu nem me conhecia muito bem...
por fim,meu ano de vestibular foi correndo de um cursinho para o outro,mas sem muito estudo em casa..passei em design,graças a Deus...minha mãe achava q eu não passaria..ainda bem q ela foi contrariada..
desculpe por contar mais de minha vida do q comentar o seu texto ^^'..é q sempre q vou comentar algo eu começo a refletir esse algo em minha própria vida..
minha paixão por livros tb foi tardia,veio no ano de vestibular tb ^^..na verdade..o ano de vestibular foi o grande ano das mudanças..eu tinha novos ídolos,ídolos de carne e osso,pessoas palpáveis q ganharam minha admiração,pessoas com as quais eu podia me comparar,me espelhar..
embora tarde,a mudança ocorreu..provavelmente devido à pressão.
Incrível o poder da pressão,não?
flavia,
não fica chateada
mas a foto esta parecendo Daniel de vestido!
igualzinhoooo!
hauhauahuaha
Flavia, fiquei curiosa em ver essa foto.. realmente está mtmt parecida com Daniel, até que ele continuaria bonito com um vestidinho de matuta de São João :P hehehhehe adorei!!!
um beijo, Rafa Freire
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