O Pré-modernismo - parte II
“O que parece certo, porém, é serem eles dominados por uma indecisão instintiva. Balançam-se entre o mar e a areia. Surge ao mesmo tempo crepúsculo e madrugada.” (Rodrigo Otávio Filho)
A luta entre as forças negativas do passado e as tendências ordenadoras do futuro deu margem a uma pluralidade de investigações. O intelecto tornou-se um laboratório de concepções avançadas. A arte e a literatura transformaram-se em pesquisa.
Duas correntes – uma destruidora, outra de crença em uma nova ordem superior – são o resumo de todas as buscas a que se submeteu a arte.
O Futurismo (1909) e o Dadaísmo (1916) primavam por destruir o passado, enquanto nada criavam, além de manifestos cínicos e brincalhões. Por outro lado, o “esprit nouveau”, anunciado por Appollinaire, ao lado do Expressionismo (1910), e o Cubismo (1913) são a apoteose do lado mágico e da fé na composição através dos símbolos. O Surrealismo (1924) ficou dividido entre as duas correntes, como a patentear o espírito de indecisão compulsiva que reinava, dominando as mentes.
Schopenhauer, Nietzsche, Hegel, o romance russo (com sua insanidade e fortaleza), Bergson, Proust, Kafka, James Joyce, Joseph Conrad, Henry James, Eugene O’Neill, T. S. Eliot, Virginia Woolf... Um período de encruzilhadas e malabarismos... O vulcão preparava-se para explodir, ninguém sabe para quê.
A ruptura anunciada por Allan Poe, Whitman, Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud e Mallarmé borbulhava, no esconso, ratificada pelo “stream of consciousness”, pelo pontilhismo ou pelas pinceladas quebradiças de Van Gogh: um novo modo de ver a expressão.
Havia, por outro lado, novos mundos onde estar perdido. Eram o inconsciente de Freud e a intuição de Bergson. Mergulhados no desconhecido, os artistas intuíam a insânia de mundos em que não cabiam e que não conseguiam expressar. Assim, a expressão ou a linguagem tornaram-se nova obsessão – mais uma que veio somar-se às infinitas já angustiantes e intransponíveis.
O Pré-modernismo, assim, é mais um período de indecisão, preparação e tentativa que jamais se fez, pois a frustração é a marca indelével que o caracterizou. Não foi a palavra “velocidade” ou o barulho das engrenagens fabris que falou a pretendida modernidade. Esta nada mais era que uma ardente procura e uma longínqua pretensão. Os heróis da derrubada do mundo antigo nada fizeram além de mostrar que as fórmulas estavam desgastadas e corroídas: trabalho importante somente quanto à abertura mental a que se procedeu depois deles.
A luta entre as forças negativas do passado e as tendências ordenadoras do futuro deu margem a uma pluralidade de investigações. O intelecto tornou-se um laboratório de concepções avançadas. A arte e a literatura transformaram-se em pesquisa.
Duas correntes – uma destruidora, outra de crença em uma nova ordem superior – são o resumo de todas as buscas a que se submeteu a arte.
O Futurismo (1909) e o Dadaísmo (1916) primavam por destruir o passado, enquanto nada criavam, além de manifestos cínicos e brincalhões. Por outro lado, o “esprit nouveau”, anunciado por Appollinaire, ao lado do Expressionismo (1910), e o Cubismo (1913) são a apoteose do lado mágico e da fé na composição através dos símbolos. O Surrealismo (1924) ficou dividido entre as duas correntes, como a patentear o espírito de indecisão compulsiva que reinava, dominando as mentes.
Schopenhauer, Nietzsche, Hegel, o romance russo (com sua insanidade e fortaleza), Bergson, Proust, Kafka, James Joyce, Joseph Conrad, Henry James, Eugene O’Neill, T. S. Eliot, Virginia Woolf... Um período de encruzilhadas e malabarismos... O vulcão preparava-se para explodir, ninguém sabe para quê.
A ruptura anunciada por Allan Poe, Whitman, Baudelaire, Lautréamont, Rimbaud e Mallarmé borbulhava, no esconso, ratificada pelo “stream of consciousness”, pelo pontilhismo ou pelas pinceladas quebradiças de Van Gogh: um novo modo de ver a expressão.
Havia, por outro lado, novos mundos onde estar perdido. Eram o inconsciente de Freud e a intuição de Bergson. Mergulhados no desconhecido, os artistas intuíam a insânia de mundos em que não cabiam e que não conseguiam expressar. Assim, a expressão ou a linguagem tornaram-se nova obsessão – mais uma que veio somar-se às infinitas já angustiantes e intransponíveis.
O Pré-modernismo, assim, é mais um período de indecisão, preparação e tentativa que jamais se fez, pois a frustração é a marca indelével que o caracterizou. Não foi a palavra “velocidade” ou o barulho das engrenagens fabris que falou a pretendida modernidade. Esta nada mais era que uma ardente procura e uma longínqua pretensão. Os heróis da derrubada do mundo antigo nada fizeram além de mostrar que as fórmulas estavam desgastadas e corroídas: trabalho importante somente quanto à abertura mental a que se procedeu depois deles.
1 Comments:
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