sábado, abril 30, 2011

O ofício da espera

"Contraditoriamente, somos seres solitários e solidários."
Antônio Paulo Rezende

Espero
calada
tua chegada.

Revelo
essa rotina
sem sequer
uma palavra:
meus olhos
resumem
a fadiga...

Esse tráfego
incessante
do cotidiano
é apenas
um disfarce:
estou toda
concentrada!

Em lugar
de gritar,
guardo a palavra
mais serena
e bonita
para pousar
na tua boca.

Esse poema,
sou eu tentando
dizê-la
para consolar
os aflitos...